sexta-feira, 24 de julho de 2020

A política como escolhas e circunstâncias IV

IV

Um mundo além das universidades

 

            Para falar das ESCOLHAS e CIRCUNTÂNCIAS fora de universidades, iremos pro campo de pesquisa, um bairro suburbano de Olinda! Pré-candidatos usam Redes Sociais atualmente e os EQUIPAMENTOS PÚBLICOS para ganharem VISIBILIDADE.

            Todavia: munícipes – moradoras e moradores – de Olinda andam se POSICIONANDO com comentários às vezes a favor, às vezes acidamente contra “Os políticos” – “tudo ladrão” e “interesseiro”, “lobos com pele de cordeiro”.

            Ora... as pessoas que aceitam trocar favores por votos se iludem ou se desiludem, depende se o favor foi atendido ou não. Foi enganado e enganada ou não?

            Agora olhemos pra outro lugar: para os ambientes. Para os EQUIPAMENTOS PÚBLICOS – se a prefeitura faz seu trabalho, então candidatos/as não podem MOSTRAR SERVIÇO ao usarem REDES SOCIAIS para divulgar o que estão fazendo.

            Segundo: as Redes Sociais precisam existir para que eles e elas divulguem suas ações. O que descentraliza o poder da MÍDIA, como já notaram os e as populistas digitais (ler Letícia Cesarino – teoria antropológica).

            Mas e as pessoas que com fome? Eis onde minha ideia entra: as pessoas PRECISAM COMER, MORAR E SE REPRODUZIREM – seu interesse não é OCUPAR/RESISTIR, é VIVER/EXISTIR, COMER/VESTIR...

            Outra ideia precisa entrar aí: romper com o binarismo do UMA COISA OU OUTRA. Não, AMBAS AS COISAS CO-EXISTEM em LUGARES DIFERENTES. Uma coisa não invalida a outra (o todo é sempre menor do que as partes – ver Bruno Latour e Eduardo Vargas – teoria social).

            Resultado: em ambientes diferentes, diferentes ações são possíveis e eticamente necessárias. Por exemplo: ocupar espaços em edifícios acadêmicos. Segundo: ocupar o espaço/ambiente das Redes Sociais e, ao invés de seguir as promessas, GERIR AS AÇÕES COM O EQUIPAMENTO DIGITAL – foi isso que candidatos e candidatas aprenderam.

            Quando eu falo de “gerir”, estou dizendo que coletivos podem ser formados para fazer essas ações (eis uma forma de resistir a VELHA POLÍTICA CLIENTELISTA BRASILEIRA, a da TROCA DE FAVORES e de CARGOS).


 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Duas religiões econômicas no comércio

 - Terminei. Vamos? - Diz minha pequena. - Posso ir ao banheiro? - Diz minha segunda pequena. Alguns minutos depois, caminhamos sobre o asfa...