quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Rodoviários fazem protesto no Ibura contra o acúmulo de funções*

Fonte: site Diário de PE**
Isso é muito sério, gente. Ontem tentei gravar uma situação: o ônibus parado enquanto o motorista contava o troco de uma passageira - isso pode ser enquadrado como desvio de função?
Segundo: o tempo das viagens pode aumentar (o que reflete um problema não apenas para o/a motorista, mas também para quem depende do transporte - mais uma redução de custo para empresários do transporte, mais mal estar para usuárixs/pessoas.
Terceiro: a função do cobrador/a não se resumia a checar carteiras, passar troco e liberar a catraca, sua cadeira, agora vazia, também representava um apoio ao motorista ou à motorista, já que ele/ela auxiliava o/a motorista avisando quando podia fechar a porta traseira; também sinalizando para veículos fora do ônibus para sair de uma rua e entrar em outras, o que reduzia o risco de um acidente entre o coletivo e outros veículos. A sensação final, pessoalmente, é da "solidão" do motorista, desumanizado, dirigindo por umas 2 horas por viagem, passando troco, conferindo documentos, entrando e saindo de ruas sem apoio de alguém ao seu lado; ou tendo problemas com passageiros/as, pois não é possível enxergar os retrovisores traseiros quando os ônibus estão lotados. No final, parece que estamos sendo jogados contra os rodoviários e rodoviárias. Precisamos nos solidarizar. Precisamos nos opor.



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ZIKA VÍRUS: uma pesquisa sobre a participação da Fundação Oswaldo Cruz no combate à epidemia de Zika


Dissertação de Mestrado (2019)

Resumo

O presente trabalho refere-se à investigação do processo de pesquisas sobre Zika vírus realizado em um laboratório de Entomologia do Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz-Recife. Trata-se de um estudo de caso realizado durante os anos de 2017-2018, após a epidemia de Zika vírus que ocorreu no período de 2015-2016. Foram empregadas análise documental e observação-participante. Os dados foram analisados quantitativamente e qualitativamente. Tais análises se realizaram a partir da sociologia associativa (teoria ator-rede). Como resultado, foi identificado que a produção científica sobre Zika vírus aumentou durante o período da epidemia não apenas entre cientistas do campo de pesquisa (bancos Aedes Informa e Arca, da Fiocruz), mas também a nível internacional (bancos de Saúde: PubMed e LiLacs). O processo de pesquisa sobre Zika em Entomologia pode ser decomposto em ao menos três etapas: da coleta de mosquitos, a transformação das amostras de mosquitos coletados em dados, e a divulgação dos dados em meios científicos e não-científicos. O que permite com que o laboratório se associe à mídia e chegue à população, modificando as relações e vínculos sociais anteriores ao período da epidemia. Por último, foi identificado que o laboratório funciona a partir de redes de rotinas internas, e que humanos e não-humanos são incorporados a estas rotinas. A associação de rotinas de diferentes instituições (i. e. fomento à pesquisa, vigilância epidemiológica, seminários acadêmicos) é o que possibilita o combate à epidemia de Zika. Também foi visto que o embargo à realização de pesquisa pode ocorrer devido à demanda de pesquisadores/as em relação ao número de máquinas disponíveis para uso e, também, em relação às demandas pessoais atrapalhando o ritmo de execução das rotinas de laboratório. Em conclusão, sugere-se como possível contribuição para o campo, rotinas de nivelamento, como realização de cursos procedimentais, como de PCR, ao menos anualmente. Investimentos em infraestrutura poderiam incrementar a produção, pois a disponibilidade de máquinas é o que permite a execução de certas rotinas. Foram desenvolvidos dois conceitos nesta pesquisa: rotinas e comunicadores. Tais conceitos podem contribuir para análise da inter-relação de rotinas de instituições e organizações distintas, pois elas são essenciais para o desenvolvimento das associações observadas em campo. Também se sugere o desenvolvimento de mais pesquisas de cunho sociológico sobre temas ligados à ciência e ao Zika vírus.


Palavras-chave: Instituto Aggeu Magalhães (IAM). Entomologia. Sociologia da ciência. Zika vírus.

Link para versão completa:  https://www.academia.edu/41097949/UNIVERSIDADE_FEDERAL_DE_PERNAMBUCO_CENTRO_DE_FILOSOFIA_E_CI%C3%8ANCIAS_HUMANAS_DEPARTAMENTO_DE_SOCIOLOGIA_PROGRAMA_DE_P%C3%93S-GRADUA%C3%87%C3%83O_EM_SOCIOLOGIA?source=swp_share

Fonte da Imagem: encurtador.com.br/iqBLY

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Ser o quê mesmo? Ontologia e Filosofia antes da Virada Ontológica da Antropologia

Fonte: Internet*

Neste breve texto, quero introduzir o uso do termo “ontologia”. O resultado esperado é esclarecer qual o uso que esse termo tem para área de filosofia. O motivo de redigi-lo se deve aos usos que tal termo adquire na antropologia (naquela abordagem mais atual conhecida como “virada ontológica”). Para tanto, escolhi dois artigos, ambos em português. Contemplei dois filósofos notáveis para o século XX: Gyrogy Lukacs, herdeiro do marxismo; e Martin Heidegger, que relaciona a ontologia à fenomenologia da tradição inaugurada por Edmund Husserl.
            No primeiro artigo, escolhi Sérgio Lessa como comentador, pois o filósofo brasileiro é um importante comentador da obra de Lukács e é um dos responsáveis pela difusão de sua obra no Brasil. Em “Lukács e a ontologia: uma introdução” (1985), Lessa situa a ontologia em sua tradição grega, passando por Aristóteles e Platão na Antiguidade, o pensamento teológico medieval ao seu uso em Marx, conforme a leitura que Lukács faz do co-fundador do materialismo histórico. Basicamente, Lessa remete o estudo filosófico sobre o ser como a preocupação da chamada ontologia. Assim, estudar o ser é, ao mesmo tempo, nos perguntar sobre a essência da realidade constitutiva do ser. O pensamento filosófico grego pensa a ontologia de um modo “fixo”, como uma essência eterna pré-existente à realidade. Então falar em ser é falar sobre essa essência fixa e compreender que as coisas que acontecem (os chamados fenômenos) participam de uma relação com essa essência do ser que, neste caso, passa a conhecer as coisas ou causas dos fenômenos.
            Na teologia medieval, o ser passa a ser associado a uma essência religiosa, a qual pressupõe um Deus, um ser eterno que de algum modo está relacionado à essência humana. Assim, ontologia passa ser compreendida como uma compreensão sobre um ser, a uma essência religiosa (judaico-cristã).
            Mais tarde, Hegel associa a ideia de um Espírito Absoluto em-si. Os fenômenos ou as coisas que acontecem podem finalmente encontrarem-se com esse ser em si do Absoluto, tornando-se para-si. Como se nossas relações remetessem à manifestação da essência desse Espírito Absoluto. O Estado Moderno, por sua vez, seria essa manifestação do Espírito e nós, partes desse resultado do desenvolvimento. Lessa não diz exatamente isso, ainda assim, essa interpretação um tanto descuidada pode servir para nossos fins; entretanto, é preciso se ter em mente que existem possibilidades tanto de recusar essa (minha interpretação) quanto a leitura que Lessa faz de Hegel. A quem possa interessar: “pesquise mais, não pare por aqui”. O que importa é destacar a transição da abordagem teológica do ser para a hegeliana. Mais tarde, para sermos breves, Marx aparece como quem desloca a “essência” para a “materialidade”, mas no processo, diz que nosso ser não “manifesta a essência da matéria”, mas que as relações sociais entre os “homens” em um dado momento histórico é que nos fazem sermos aquilo que podemos ser, nem menos nem mais. Assim, o pensamento de uma época, por exemplo, deveria refletir o estado atual dos modos de produção da sociedade (feudal, capitalista etc.). Importa salientar que o ser aqui não está associado nem ao “idealismo/transcendência” nem ao pensamento (ontologia) religioso.
            A partir do que até agora foi dito, a ontologia em Lukács surge como uma tentativa de descrever os diferentes momentos pelos quais pode emergir o que se chamará de uma “ontologia do ser social”. Esta, por sua vez, distingui-se de seres orgânicos e inorgânicos por meio de um processo (salto) que mantém uma continuidade destes modos de ser em um novo tipo de ser que inaugura uma nova modalidade ontológica do ser, a especificamente humana, social. É bom notar a oposição entre ontologia “laica”, um ser “secular”, daquela religiosa, “transcendental”.

***

            O segundo artigo que escolhi, sobre Heidegger, é de Maria Helena Damasceno e Silva Megale, também filósofa, e se chama “Introdução à ontologia heideggeriana e ao meio ambiente: abertura do ser para o infinito da existência com o outro” (2009). Infelizmente serei mais breve neste artigo. Mas basicamente, o texto enfatiza a questão do ser aí, como presença, ou como experiência e modo de existência (Dasein). Ao fazê-lo, a autora está dando destaque ao caráter fenomenológico da abordagem de Heidegger. Sua intenção é demonstrar essa negação de elementos transcendentais prévios à própria existência do ser aí. Em outras palavras: se você é uma pessoa aí (um ente), ser algo ou conceber uma essência do que você é só pode ocorrer a partir de sua existência e na sua relação com os outros. O que significa que não estamos em uma essência ou pensamento fixo (grego), ou relacionado à uma entidade (Deus/Espírito Absoluto), nem à uma materialidade prévia condicionante de um modo específico de possibilidades de ser (Marx/Engels), na qual nos situamos numa estrutura de classes sociais, por exemplo. O que não significa, por outro lado, que esses exemplos estejam errados de antemão, previamente, mas suas possibilidades só existem na medida em que você também existe como participante dessa ou daquela possibilidade de ser. Ao mesmo tempo, elas não fixam as coisas ou encerram o mundo em uma essência (Grega/Deus/Espírito/Matéria/Ser social). Megale encerra seu artigo defendendo a possibilidade de essa possibilidade de “ser aí” não se fechar.
            Minha escolha dos dois textos é bem pessoal. Há alguns anos, ao ler “Prolegômenos para uma ontologia do ser social”, de Lukács, li uma passagem biográfica que dizia que Lukács questionara a fenomenologia husserliana e, a meu ver, de modo reducionista, ao se perguntar se um acontecimento real, como um atropelamento de carro, poderia ser colocado “entre parênteses” (se bem me lembro) – o que tem o efeito de perguntar a você se você acredita na realidade de o acontecimento real de um carro te atropelar; o que leva a obvia conclusão de que se a existência do carro não pode ser ignorada, então não podemos “por a realidade entre parênteses” e “fingir que o carro não existe” (ou seja: não se pode por a realidade que conhecemos previamente fora de nossa análise). Sendo ou não sendo esse o caso, o sentido se mantém: a crítica de Lukács estava relacionada a negar certezas sobre a realidade, como se fosse muito “voluntarioso” ou “questão de opinião” observar o mundo apenas em sua imediaticidade – o mundo dos fenômenos. Fazer isso seria negar, para Lukács, as estruturas que condicionam a realidade (que ele percebera e tem como verdade). Por isso, escolhi essa dicotomia marxismo-fenomenologia. Além disso, tais abordagens são bem representativas de pensamentos estruturalistas e representacionalistas, de um lado, daqueles mais próximos ao interpretativismo e, depois, à virada ontológica de outro.
            Por fim, quis com esse texto demonstrar como a ontologia foi abordada por dois exemplos pontuais que, é claro, passam infinitamente longe de encerrarem os exemplos possíveis. Porém, creio que tais exemplos podem demonstrar o mais pertinente para minha exposição: falar sobre ontologia é, a princípio, nos perguntarmos sobre a essência do ser, sobre a realidade das coisas. Começar a refletir sobre isso é em alguma medida nos perguntar sobre o sentido de ser humano (Heidegger). Dos gregos ao século XX, com Heidegger e Lukács, tentei explicitar como esses filósofos lidaram com a ontologia. Ambos estavam tentando responder, basicamente, sobre o sentido de ser humano e sobre “como se constitui nossa realidade especificamente humana”.
            A grande questão, afinal, é – isso será essencial para compreender a virada ontológica – nos perguntarmos sobre se o ser dos entes ou o ser das coisas na filosofia grega e em seus herdeiros contemporâneos não é o mesmo que ir a campo como um antropólogo ou antropóloga fariam e pesquisar “qual a ontologia que está sendo construída por outros” – aliás, será que o termo ontologia seria suficiente para traduzir as experiências sobre “o ser” dos “outros”, digamos, povos Ameríndios, por exemplo? Essa é uma questão para um próximo post.  



Fonte da imagem: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Faltamontanha.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2018%2F07%2FTepuys-de-Roraima-e-Kukenan-Venezuela-Fonte-Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Faltamontanha.com%2Fo-que-e-um-planalto%2F&tbnid=XY_rtMsONdlJ7M&vet=12ahUKEwjGvMeC64bmAhULAbkGHXNfBvMQMygVegQIARAx..i&docid=UWVvhc3qz4o9gM&w=735&h=400&q=platos%20gografia&ved=2ahUKEwjGvMeC64bmAhULAbkGHXNfBvMQMygVegQIARAx

Pequenos picadores: mosquitos como " mais-que-vetores " no alto sertão sergipano


Fonte: Internet.²
Este trabalho, aqui comunicado, é da autoria de um biólogo de formação, mas também antropólogo (mestre). Seu trabalho bem que poderia ser chamado de "pode o mosquito falar?", tal como num artigo de 2002¹, em que um pesquisador utilizou essa expressão como título de seu trabalho. Abaixo, resumo:



Resumo: Resultado de uma pesquisa de campo de aproximadamente 40 dias distribuídos em 3 meses, este trabalho é parte de uma dissertação ainda em andamento. Trata-se de uma etnografia realizada no Monumento Natural (MONA) Grota do Angico, unidade de conservação (UC) situada no alto sertão sergipano. Os desdobramentos das relações efetivas entre populações humanas e mosquitos são o fio condutor deste trabalho. Na Unidade, não há registros de arboviroses, o que não exclui a possibilidade de suas ocorrências. Somado a isso, elas não foram percebidas ou mencionadas pelos sertanejos como realidade local, o que me fez propor uma abordagem mais-que-vetora para a relação entre eles e os insetos em questão. Constituindo uma paisagem emaranhada de seres vivos ou não, humanos ou não, o MONA está sob constante visita de pesquisadores e turistas do mundo inteiro, além dos agentes do estado – todos, em geral, mencionados pelos sertanejos como os hômi da rua. Entre a preservação e o extermínio de espécies, a rua determina uma série de condutas a serem seguidas pelos sertanejos que habitam o local. Os insetos, então, foram a minha porta de entrada para reflexões sobre questões que emergiram em campo, dentre as quais: a composição dos mosquitos na paisagem e a sua luta, seja lutar por sobreviver no ambiente naturalmente adverso que é a caatinga ou lutar contra o local a que são alocados: parasitas e pragas a serem exterminadas. Este trabalho é, portanto, um esforço de se " falar com " mosquitos, tomando como ponto de partida a maneira como os sertanejos pensam esses insetos. Tais concepções nativas, portanto, potencialmente subsidiam diálogos com uma ciência comprometida a pensar a era de extinções em massa. Palavras-chaves: relações humano-animal – insetos vetores – sertanejos

Autor: Túlio Maia (University of Exeter UK). 

Link para o artigo no Academia.Edu: https://www.academia.edu/35500386/Pequenos_picadores_mosquitos_como_mais-que-vetores_no_alto_sert%C3%A3o_sergipano?email_work_card=title








1: Timothy Mitchell, ‘Can the Mosquito Speak?’ In Rule of Experts: Egypt, Techno-Politics, Modernity (Berkeley, CA: University of California Press, 2002)

2: Fonte: Link: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fexpressaosergipana.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2017%2F03%2Fseca-e1488467812579.jpeg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fexpressaosergipana.com.br%2Fseca-no-sertao-sergipano-e-sua-industria-crescente%2F&tbnid=lMcPCTidjoEs0M&vet=12ahUKEwi7zt6VyYXmAhXJBLkGHclID08QMygAegUIARDVAQ..i&docid=Vzzn3OnO342HoM&w=875&h=450&q=sert%C3%A3o%20sergipano&ved=2ahUKEwi7zt6VyYXmAhXJBLkGHclID08QMygAegUIARDVAQ




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Tratamento noticioso do vírus Zika na imprensa: Estudo comparado das estratégias noticiosas no Brasil e em Portugal


Autores:

Resumo
"Resumo: Dada a importância que o jornalismo pode desempenhar nos processos de aquisição de informação em saúde, o presente estudo foi desenvolvido para entender as diferenças na cobertura jornalística entre o Brasil e Portugal no caso Zika, identificando de que forma as notícias traduzem uma adaptação ao tipo de prevenção necessário para contextos distintos. A análise incide sobre as notícias de imprensa em diários portugueses e brasileiros que abordam esta temática no ano de 2016, o que corresponde ao pico ascendente de casos registados e à mediatização da organização de dois eventos internacionais de grande envergadura – o Carnaval e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os resultados mostram uma grande disparidade no tratamento nos dois países. Os enquadramentos apontam, de igual forma, para abordagens diferentes dada a intensidade da epidemia no Brasil e para a desigualdade na quantidade e nos formatos jornalísticos.
"
Link: https://www.academia.edu/36435251/Tratamento_noticioso_do_v%C3%ADrus_Zika_na_imprensa_Estudo_comparado_das_estrat%C3%A9gias_noticiosas_no_Brasil_e_em_Portugal?auto=download

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Zika: depressão, ansiedade e estresse são comuns entre as mães de crianças com microcefalia


Saiu no Blog Casa Saudável uma pesquisa realizada por uma pesquisadora da Fiocruz-PE, Ludmila Menezes. 

Fonte: Blog Casa Saudável. Ver link da postagem.
A pesquisa relata que mães de crianças com Síndrome Congênita de Zika (mães de anjo) possuem níveis de transtorno maior do que mães em outras situações. Ver matéria na íntegra no link abaixo:



Link: https://blogs.ne10.uol.com.br/casasaudavel/2019/11/17/zika-depressao-ansiedade-e-estresse-sao-comuns-entre-as-maes-de-criancas-com-microcefalia/?fbclid=IwAR3HUmGRTkLPAn_duOdnr8R_zNe_3POAyt2KhbykjAuwjTOPFj8PCLigBKI

sábado, 16 de novembro de 2019

ZIKAZERO: UMA ANÁLISE DA POPULARIDADE DA CAMPANHA DE SAÚDE NO INSTAGRAM


Comunicador: Parlamento: Efeito Zika

Fonte: imagem de internet¹

Autor (a): Thiago Lucena e Kenney Bacarin.

Resumo



RESUMO Em 2016, o aumento do número de casos de Zika e o interesse público sobre o tema no Brasil e mundo motivaram o governo federal a criar a campanha #zikazero. Comparada às outras campanhas do governo, percebeu-se nesse momento o investimento das estratégias de comunicação para a mobilização social e o uso mais intensivo das Redes Sociais Online. Vimos à criação de banners digitais para redes sociais como: Facebook, Twitter, Tumblr e animações interativas nos principais sites governamentais. Dentre os veículos que foram incorporados na lógica da campanha está o Instagram, uma rede social que se baseia no compartilhamento de imagens e que tem em um aplicativo no smartphone a sua principal plataforma de divulgação. A pesquisa analisou a receptividade dessa campanha na rede Instagram comparando a quantidade de conteúdos publicados com as hashtags utilizando a ferramenta de busca da própria plataforma e analisando as postagens mais populares. Comparamos também com o interesse pelo termo usando da visualização das buscas por meio da ferramenta Google Trends. Os dados e achados foram comentados teoricamente, tabulados e essa sistematização permitiu identificar os conteúdos que mais obtiveram sucesso (se considerarmos sua visibilidade). Vimos que os vídeos que usaram celebridades, na criação de uma corrente de desafios entre eles, mereceram maior destaque e popularidade, o que confirma o recurso do uso de líderes de opinião. Interessante destacar também que apenas um conteúdo dos mais populares foi produzido pelo Ministério da Educação, sendo os outros conteúdos espontâneos produzidos por usuários.

Fonte da imagem: Zika Zero 

terça-feira, 12 de novembro de 2019

SURTO DE SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ

Fonte: site de internet*

Este post segue como função de Comunicador.

Autoria: Nobrega et al 2018 

Resumo

Resumo Objetivo: investigar a ocorrência da síndrome de Guillain-Barré (SGB) na Região Metropolitana do Recife, Brasil, 2015. Métodos: estudo descritivo com dados do Sistema de Informações Hospitalares, Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica e entrevistas; os casos de SGB foram classificados segundo os critérios de Brighton, e a infecção prévia, segundo critérios laboratoriais e clínicos. Resultados: em 2015, houve três vezes mais internações por SGB que em 2014; investigaram-se 44 casos confirmados ou prováveis de SGB, dos quais 18 apresentaram sintomas de infecção por Zika até 35 dias antes da ocorrência da SGB, principalmente exantema; houve um caso confirmado laboratorialmente para Zika e um óbito. Conclusão: os achados reforçam possível relação da SGB com infecção por Zika, por ausência de aumento da ocorrência da SGB em anos epidêmicos de dengue, ausência de registro de transmissão de chikungunya, presença de manifestações clínicas compatíveis com infecção por Zika e uma confirmação laboratorial. Brote de síndrome de Guillain-Barré potencialmente relacionado con la infección anterior por el virus Zika, en la Región Metropolitana de Recife, Pernambuco, Brasil, 2015

Link: https://www.academia.edu/37902567/Nobrega_et_al_2018_Surto_de_sindrome_de_Guillain_Barre?source=swp_share
* Disponível em: https://www.google.com/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fsaude.gov.br%2Fimages%2Fguillain_barr%25C3%25A9.png&imgrefurl=http%3A%2F%2Fsaude.gov.br%2Fsaude-de-a-z%2Fguillain-barre&tbnid=e1hCpTSjFmsaNM&vet=12ahUKEwijifWk6uTlAhX8D7kGHWWTA5YQMygBegQIARAs..i&docid=f_W6IL5Xdc8PTM&w=793&h=453&q=guillain%20barre&ved=2ahUKEwijifWk6uTlAhX8D7kGHWWTA5YQMygBegQIARAs

A masculinidade e a ideologia; o processo de socialização masculina

Fonte: site de internet.*

Este artigo foi publicado inicialmente na revista OPSIS, Catalão, v. 13, n. 2, p. 173-188 - jul./dez. 2013.

Autores: Brito, Gabriel F. de.; de Paula Jr, Josias V.

Modestamente ele alcançou 100 leituras no Researche Gate. Por isso, divulgo-o aqui. O texto faz parte de um momento inicial de pesquisa, baseado em uma epistemologia marxista. Neste sentido, sua razão de ser, bem como seus argumentos, se sustentam apenas na medida em que os dados coletados (fontes primárias e secundárias) foram avaliados com base na relação entre ideologia  e ontologia a partir de Marx, Mészáros e Luckács. 

A literatura analisada sobre masculinidade, gênero e intersecionalidade se baseia em autoras como Saffioti, Ridenti, Vaisman, Jesus etc.

Resumo

Resumo: Pretendemos, no presente artigo, refletir sobre a relação da ideologia, socialização e a masculinidade. Nosso referencial teórico para o conceito de ide-ologia se apoia em Marx, Mészáros e Lukács; é a partir destes pensadores que pretendemos dialogar com os estudos sobre o feminismo, a masculinidade e os gêneros  em  geral,  pois  pensamos  que  a  influência  destes  três  elementos  pode  assumir aspectos mais danosos para as mulheres e outros gêneros nas populações mais carentes da sociedade. Com referências a estatísticas sobre violência con-tra  mulher  e  pesquisas  qualitativas  sobre  sexualidade,  paternidade  e  violência,  pretendemos confirmar que o resultado de tal analise é de que a baixa instrução e  a  desigualdade  social  acentuada  (principalmente  no  Brasil)  representam  um  perigo para os gêneros dominados. Dessa forma também será possível reafirmar que o conceito de masculinidade marginalizada pode ser observado na socieda-de,  permitindo  uma  melhor  apreensão  dos  diferentes  tipos  de  masculinidades  possíveis na nossa cultura e em tantas outras.Palavras-chave: ideologia, gênero, masculinidade, masculinidade marginalizada, patriarcado. 


(1) (PDF) A masculinidade e a ideologia: a socialização masculina. Available from: https://www.researchgate.net/publication/307844278_A_masculinidade_e_a_ideologia_a_socializacao_masculina [accessed Nov 12 2019].

Boa leitura!



domingo, 10 de novembro de 2019

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Microcefalia no Piauí, Brasil: estudo descritivo durante a epidemia do vírus Zika, 2015-2016

Fonte: Internet*


Esse post cumpre a função de iniciar outro uso para este blog: concentrar informações sobre o conceito sociológico que chamei de Comunicadores. Neste sentido, o blog se torna um veículo para concentrar notícias sobre Zika e temas correlatos, com Microcefalia, Cianobactérias etc.


Esse Comunicador reúne produção científica (experts) e não-científica (jornalismo, mídia em geral). Esta função visa superar uma divisão encontra em minha pesquisa de mestrado em sociologia (2017-2018). Na ocasião, eu descobri duas coisas: i) o que sai dos laboratórios só pode ser "testado" (avaliado) pela rede científica (outros laboratórios que testam as provas por trás das descobertas); ii) que os fatos que vão para "o resto da sociedade", por meio do jornalismo em geral, são "traduzidos" conforme os fins dos veículos de comunicação. O que gera um problema: o efeito de uma manchete mal feita, mal intencionada etc., ou a tradução da linguagem técnica pode distorcer a informação gerando efeitos "negativos" sobre a população. Foi pensando nisso que decidi criar esse "novo Parlamento".

Digo "novo" e "parlamento" porque neste blog também hospedo informações sobre o debate sobre agrotóxicos/defensivos agrícolas. Debate esse que comecei a investigar no ano de 2015, tendo concluído uma pesquisa que me garantiu o diploma de Sociólogo (Bacharel) pela UFRPE (2016).

Por fim, cabe dizer que neste Parlamento, o funcionamento se dará da seguinte maneira: na medida do possível, compartilharei informações pertinentes ao tema já mencionado, mas em postagens sucessivas e cujos marcadores serão: Parlamento; Efeito Zika.

Efeito Zika é o título da última parte de minha dissertação de mestrado. Nela, argumento que a relação entre Ciência e os mosquitos identificados como transmissores desse vírus chamado Zika é que gera alianças entre humanos e não-humanos que, por conseguinte, modelo o que no senso comum chamamos de Sociedade e Cultura. Quanto mais transmitimos informações científicas sobre o vírus Zika, mais a Sociedade gera efeitos específicos no modo como entendemos e lidamos com nosso ambiente, com não-humanos e, claro, com nós mesmos.

Primeiro Artigo da Série:

Microcefalia no Piauí, Brasil: estudo descritivo durante a epidemia do vírus Zika, 2015-2016

Autores/as: Igor Gonçalves Ribeiro, Marcia Regina de Andrade, Janaína de Moraes Silva, Zenira Martins Silva, Maria Amélia de Oliveira Costa, Marcelo Adriano da Cunha e Silva Vieira, Francisca Miriane de Araújo Batista, Herlon Guimarães, Marcelo Yoshito Wada e Eduardo Saad.

Link para o artigo: 
https://www.academia.edu/36310451/Microcefalia_no_Piau%C3%AD_Brasil_estudo_descritivo_durante_a_epidemia_do_v%C3%ADrus_Zika_2015-2016?source=swp_share


* Disponível em: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fstatic.todamateria.com.br%2Fupload%2Fzi%2Fka%2Fzika-og.jpg&imgrefurl=https%3A%2F%2Fwww.todamateria.com.br%2Fzika%2F&tbnid=VovbDGNzkkl9vM&vet=12ahUKEwi9lve_tNrlAhUWHLkGHYECA5YQMygGegUIARDiAQ..i&docid=c3HJKoRjbiRRHM&w=1200&h=630&q=zika%20v%C3%ADrus&ved=2ahUKEwi9lve_tNrlAhUWHLkGHYECA5YQMygGegUIARDiAQ

Duas religiões econômicas no comércio

 - Terminei. Vamos? - Diz minha pequena. - Posso ir ao banheiro? - Diz minha segunda pequena. Alguns minutos depois, caminhamos sobre o asfa...