sexta-feira, 26 de junho de 2020

Como a mídia monta tua opinião?

 

           

Reproduzido da Internet. Fonte abaixo.

Rolou uma pesquisa do Datafolha sobre Bolsonaro e Queiroz, realizada entre 23 e 24 de junho. A pesquisa ouviu 2116 pessoas. Estatisticamente ela se diz representativa da população brasileira. Só no município de Olinda temos 392.482 pessoas (IBGE).

            O que mais me chamou à atenção foi, no entanto, que a pesquisa pergunte a “opinião” das pessoas sobre o que elas não sabem. Por que fazer uma pesquisa sobre a opinião das pessoas? Depois a mídia divulga a “opinião” da “maioria dos brasileiros” (2116 pessoas).

            Você, finalmente, pode dar sua opinião também, mas para pessoas próximas e para contatos em redes sociais. Esse é o segundo movimento que conecta o que você assistiu na globo com as redes sociais. Isso gera o efeito de realidade dos números do Datafolha: você vai ter a sensação que encontrou “a maioria” dos brasileiros e brasileiras. Basta que alguém dê sua opinião sobre Queiroz.

           

            Mas como a mídia faz isso? Qual o problema, na verdade? É simples: a mídia está trabalhando com o “poder” das opiniões. Ao usar “estatística” (Datafolha), ela junta o dado com o que embasa a opinião “da maioria”. Ao fazer isso, no entanto, perdemos de vista outras possibilidades e caímos na “guerra de opiniões”. E sabe qual a consequência disso: continuidade dos mesmos posicionamentos políticos: “você tem sua opinião e eu tenho a minha”.

            O papel da mídia, então, de controlar a ordem política, vai modelando o que importa das opiniões. O engano é achar que ela “controla” as pessoas. A mídia está modelando a opinião ao visibilizar "o que é importante de ser discutido". Mas o posicionamento sobre isso é individual (“você tem sua opinião e eu tenho a minha”). Nada novo pode brotar disso aí, bença. Tenha-se ou não consciência disso.


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