Reproduzido da Internet. Fonte abaixo. |
O
que mais me chamou à atenção foi, no entanto, que a pesquisa pergunte a “opinião”
das pessoas sobre o que elas não sabem. Por que fazer uma pesquisa sobre a
opinião das pessoas? Depois a mídia divulga a “opinião” da “maioria dos
brasileiros” (2116 pessoas).
Você,
finalmente, pode dar sua opinião também, mas para pessoas próximas e para
contatos em redes sociais. Esse é o segundo movimento que conecta o que você
assistiu na globo com as redes sociais. Isso gera o efeito de realidade dos
números do Datafolha: você vai ter a sensação que encontrou “a maioria” dos
brasileiros e brasileiras. Basta que alguém dê sua opinião sobre Queiroz.
Mas
como a mídia faz isso? Qual o problema, na verdade? É simples: a mídia está
trabalhando com o “poder” das opiniões. Ao usar “estatística” (Datafolha), ela
junta o dado com o que embasa a opinião “da maioria”. Ao fazer isso, no
entanto, perdemos de vista outras possibilidades e caímos na “guerra de
opiniões”. E sabe qual a consequência disso: continuidade dos mesmos posicionamentos
políticos: “você tem sua opinião e eu tenho a minha”.
O
papel da mídia, então, de controlar a ordem política, vai modelando o que
importa das opiniões. O engano é achar que ela “controla” as pessoas. A mídia
está modelando a opinião ao visibilizar "o que é importante de ser discutido". Mas
o posicionamento sobre isso é individual (“você tem sua opinião e eu tenho a
minha”). Nada novo pode brotar disso aí, bença. Tenha-se ou não consciência
disso.
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