sábado, 13 de junho de 2020

Ciência e Espiritualidade

https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=CbPH%2ftfi&id=F2B2C87240FDC91C552FE31822C654E1326B562C&thid=OIP.CbPH_tfif3wJQBnf-iEcwwHaD4&mediaurl=http%3a%2f%2f2.bp.blogspot.com%2f-vCE7HvBCQ10%2fUJ04XP_sPRI%2fAAAAAAAAS-s%2f8NbMyuvKRnw%2fs1600%2fpiramedes-Maias-civilizacoes2.jpg&exph=318&expw=606&q=maias&simid=608008339201066606&ck=CC45C11314FC87567F493CDE15DE7994&selectedindex=9&ajaxhist=0&first=1&scenario=ImageHoverTitle
Reprodução de Internet. Link abaixo


 

Resumo: tento, aqui, explicar o lado “ruim” da ciência ou, noutras palavras, a sombra que a ciência gera sobre a existência humana, ofuscando parte da vida ao iluminar outras.

 

Feminismo e Marxismo

            Tanto movimentos sociais quanto instituições acadêmicas têm em comum a autoridade científica por trás sempre que se deseja falar sobre o conhecimento e experiência humana.

            No (s) feminismo (s) e na sociologia crítica, por exemplo (do marxismo aos frankfurtianos), existem “sombras” que são “feitas” pelo “apagamento” da “espiritualidade”, do “autoconhecimento” e do “elemento místico” para lidar com sofrimento, dor e emoções [a salvo outras abordagens mais holísticas do feminismo].

            Então os avanços e progressos embasados na ciência e na “razão” (eurocêntrica) acabam se tornando uma “arma” contra tudo que seja ligado à “crença”, “espírito”, “religião” e “misticismo” (O sagrado feminino, por exemplo, tão criticado em artigos e discursos também feministas por serem “essencialistas”; ou a religião, tão mal tratada pelo marxismo desde seu surgimento).

 Racismo e Ego 

            Recentemente comprei o livro “Tornar-se Negro”, de Neuza Santos Souza (2006). Fiquei impressionado com a afirmação da autora de que é com o empoderamento político que os pretos e pretas podem lidar com o seu lado emocional, sua experiência, seus traumas e violências sofridas com o racismo de nossa sociedade.

            Impressionei-me não porque parecia novidade. Mas porque eu já tinha essa impressão de que nossas experiências pessoais poderiam ser utilizadas como “motor” ou “combustível” para nossa produção acadêmica e posicionamentos políticos. Porém, é aqui que fica “a sombra”: o nosso lado emocional, negado pela ciência, fica “escondido” e, assim, nosso sofrimento e dores não são “curados” porque não recebem atenção.

           

Um mundo de experiência pura e o papel da antropologia

            Lendo há pouco sobre os Maias, e sua sabedoria milenar, lembrei que sou “Mago Branco”. Assim como “signos”, temos, pragmaticamente, chance de dar “sentido” a nossas experiências de diferentes maneiras. O filósofo e pai da psicologia, William James, defendia a religião, pragmaticamente, por seus “efeitos de verdade” (se faz bem para você, por que o filósofo tem que, arrogantemente, dizer que é uma “falsa verdade” – não ele não pode fazer isso! Não mais!).

            É preciso resgatar a nossa sabedoria compartilhada, de tantos povos e etnias, para lidar com nossas dores e sofrimentos. Chegou a hora de equilibrar nossa sociedade comum, pois ela não “vive só de Ciência” e de “Política”. Como diria o filósofo e antropólogo Bruno Latour, precisamos deixar as possibilidades dos diferentes modos de ser (ontologias) coexistirem. Aliás, é aqui que a antropologia cumpre seu papel como uma disciplina acadêmica da vida em comum e da tolerância – como sugeriu recentemente o antropólogo e biólogo Tim Ingold.

 

PS.: Esqueci do papel da arte (poesia, pintura, desenho etc.) como alternativa para lidar também com nossas dores, prazeres e emoções! Essa é a forma que, recentemente, descobri ser minha forma de “espiritualidade”. ^^


Fonte: https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=CbPH%2ftfi&id=F2B2C87240FDC91C552FE31822C654E1326B562C&thid=OIP.CbPH_tfif3wJQBnf-iEcwwHaD4&mediaurl=http%3a%2f%2f2.bp.blogspot.com%2f-vCE7HvBCQ10%2fUJ04XP_sPRI%2fAAAAAAAAS-s%2f8NbMyuvKRnw%2fs1600%2fpiramedes-Maias-civilizacoes2.jpg&exph=318&expw=606&q=maias&simid=608008339201066606&ck=CC45C11314FC87567F493CDE15DE7994&selectedindex=9&ajaxhist=0&first=1&scenario=ImageHoverTitle


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Duas religiões econômicas no comércio

 - Terminei. Vamos? - Diz minha pequena. - Posso ir ao banheiro? - Diz minha segunda pequena. Alguns minutos depois, caminhamos sobre o asfa...