“Ana Cristina Diogo Gomes de Melo,
socióloga [...]” criou 13 escolas, Alto da Mina, Ouro Preto.
“[...] vem sendo adotado o ‘método
PAULO FREIRE’ [...] o qual busca desenvolver um pensamento político nos
próprios alunos, o qual busca desenvolver um pensamento político nos próprios
alunos, alfabetizando-os e conscientizando-os para a luta de classes...”
O texto acima, de 11 de novembro
de 1985, era confidencial, do Serviço Nacional de Informações, Agência Central.
Entende, com isso, que o governo
enamorado não de militares, diga-se de passagem, mas da Ditadura Militar, o
atual governo daquele que não mencionamos, é acusado, por cientistas sociais,
de desinformar, via fake News, seus seguidores e seguidoras. O que nos faz acreditar,
erroneamente, que quem o defende é “ignorante”.
Ontem participei de um “debate”
na UFBA sobre ciências sociais diante da pandemia. Foi dito que, atualmente, um
“movimento” histórico, cultural e teórico, acadêmico, foi considerado “responsável”
pela atual “postura” de descrença ou mesmo negação da ciência em prol de
posicionamentos políticos. Ora, o documento que trago, de 1985, traz um exemplo
de que o governo estava preocupado com uma questão muito direta: luta de
classes e comunismo. O governo atual não mudou isso! A crítica é à “ideologia”
e ao comunismo!
Agora faça uma enquete: pergunte
pra alguém próximo/a, de preferência, que não frequentou universidades, e se
sim, que não seja das ciências humanas, você já ouviu falar de comunismo? E de
pós-modernidade?
Pois é: a luta pelo monopólio
intelectual (epistemológico) dentre dos cursos de ciências sociais superestima
seu papel “na sociedade”. Muito mais eficiente, a meu ver, foi o papel da
socióloga citada, Ana Cristina Diogo Gomes de Melo. Criando escolas para
alfabetizar pessoas da periferia de Olinda, baseada em um pensador que, aliás,
não se considerava comunista, diga-se de passagem. “Ficadica”, bença. 😉
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