Fonte: site Diário de PE** |
Isso é muito sério, gente. Ontem tentei gravar uma situação: o ônibus parado enquanto o motorista contava o troco de uma passageira - isso pode ser enquadrado como desvio de função?
Segundo: o tempo das viagens pode aumentar (o que reflete um problema não apenas para o/a motorista, mas também para quem depende do transporte - mais uma redução de custo para empresários do transporte, mais mal estar para usuárixs/pessoas.
Terceiro: a função do cobrador/a não se resumia a checar carteiras, passar troco e liberar a catraca, sua cadeira, agora vazia, também representava um apoio ao motorista ou à motorista, já que ele/ela auxiliava o/a motorista avisando quando podia fechar a porta traseira; também sinalizando para veículos fora do ônibus para sair de uma rua e entrar em outras, o que reduzia o risco de um acidente entre o coletivo e outros veículos. A sensação final, pessoalmente, é da "solidão" do motorista, desumanizado, dirigindo por umas 2 horas por viagem, passando troco, conferindo documentos, entrando e saindo de ruas sem apoio de alguém ao seu lado; ou tendo problemas com passageiros/as, pois não é possível enxergar os retrovisores traseiros quando os ônibus estão lotados. No final, parece que estamos sendo jogados contra os rodoviários e rodoviárias. Precisamos nos solidarizar. Precisamos nos opor.
Fontes: Diário de Pernambuco: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2019/11/rodoviarios-fazem-protesto-contra-o-acumulo-de-funcoes-no-ibura.html
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