terça-feira, 26 de junho de 2018

Mais um capítulo na controvérsia Agrotóxicos/Defensivos Agrícolas.

Há quase dois anos, uma aparentemente inócua pergunta, "por que docentes e discentes de diferentes cursos superiores ora falam agrotóxicos e ora falam defensivos agrícolas?", findou na defesa de uma monografia em Ciências Sociais na UFRPE (https://form-acaoblog.blogspot.com/2018/03/monografia-parte-i-ciencias-sociais-e.html).

Atualmente, essa controvérsia ganha mais um capítulo. Uma Comissão especial da Câmara dos Deputados (e Deputadas!) aprovou por 18 votos a favor e 9 contra um projeto de lei (6299/02) que, entre outras coisas, modifica o nome de agrotóxicos para "pesticidas" (http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2018/06/25/interna_politica,755892/comissao-da-camara-aprova-projeto-que-flexibiliza-uso-de-agrotoxico.shtml).

Vê-se que o Congresso atual está favorável aos interesses de ruralistas, do mesmo modo que no estudo de caso realizado na UFRPE, docentes e discente da área de Agronomia eram a favor de um uso "consciente" de agrotóxicos; enquanto docentes e discente de Ciências Sociais combatiam o uso de agrotóxicos.

Por fim, vê-se que a Ciência e a Política no Estado de Direito andam de mãos dadas - ora pendendo para determinados grupos (ruralistas no momento), ora pendendo para outros (ambientalistas outrora). Uma questão suscitada por teóricos das ciências sociais, por exemplo, é por quanto tempo a realidade social e o meio ambiente poderão sustentar uma política favorável ao desenvolvimento do consumo/produção de agrotóxicos sem agregar a variável saúde (do trabalhador ou ambiental) a tais políticas.

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