- vai ter a primeira festa no Big-Brother.
Fonte: imagem de internet* |
- Sim!
- E Amor de mãe?
- todo episódio Regina Casé lacra! Hoje foi: “a cada vida
que você escolhe, você deixa outra pra trás...
- Meme na certa!
Pois é:
sábias palavras. Mas “por que assistir Big Brother? Por que a novela? Por que
esse canal? Por que postar, compartilhar memes da Regina?”
- mas por que você não faria essas coisas? Por que ser do
contra em tudo?
Verdade.
Fábrica da costumes. Pessoas diferentes. Eis a sociedade no tempo e em
diferentes lugares. Agora é 22:30h, numa sexta-feira. Mas ontem?
Mulheres
numa mesa, homens em grupo, um na churrasqueira. Pessoas ligadas a essa
divisão entre homens e mulheres. Uma caneca com buzina “acabou a cerveja,
fulana”.
- eee, assistindo a novela! Ninguém diz... – brinca alguém ao
ver um rapaz saindo de perto do churrasco e entrando na sala para assistir Amor
de Mãe.
Pois
é: fábrica de costumes. O jovem “desviou” o costume. Mas esse “jovem” retoma a
fábrica com novos produtos, novos conceitos – ele vê o que a fábrica social
produz, mas sugere novas ações; eles veem mulheres e homens – natureza animal, "normal";
o jovem vê masculino e feminino – relações humanas. Então você percebe que transitamos nas ruas do discurso da religião, no da ciência biológica e, depois, para as ciências humanas.
- Você sabe que Deus é um só e
que outras religiões são erradas, afinal.
Verdade?
Fábrica de costumes. Pessoas diferentes. Eis as divindades/religiões no tempo e
em diferentes lugares.
O
jovem apaga um cigarro e pensa “fábrica de costumes”. Ele “desviou o costume”. Mas esse “jovem” retoma a fábrica com novos
produtos, novos conceitos – ele vê o que a fábrica social produz, mas vê novas
produções. As mulheres e homens agora percebem suas vidas a partir de livros e
de experiências religiosas: no livro as regras; em sua pele, seu corpo, em seus
sentidos, Deus vive. Mas o jovem não percebe em seus sentidos nada, nem lê o tal livro religioso, nem acredita somente na existência de realidades/divindades/religiões
únicas. Ele não acredita no texto e por isso não julga outras religiões como
erradas.
Nosso
jovem lê filosofia e ciências. Essas coisas o fazem entender apenas que
relações humanas podem ser entendidas/percebidas de acordo com os livros
escolhidos e as experiências sentidas pelas pessoas.
- Por que ser do contra (religiões,
costumes, hábitos alheios)?
- Faz o teu bença.
Pois
é: estamos aqui assistindo a novela, assistindo Big Brother, 22:48h. Estamos
escrevendo e pensando nas nossas experiências e traduzindo-as a partir de
nossos próprios textos. Porém: estou pensando na tolerância. Na democracia. No
respeito. Na não violência. Numa cultura de paz.
Ser do contra
é hábito também. Hábitos, no entanto, podem mudar. Tudo que é chamado natural é
“hábito” e “hábitos” são feitos no automático: inclusive ser crítico e chato
(ou recalcado, miga). A fábrica de sociedade é uma fábrica de hábitos. Reflita
sobre seus hábitos, se conseguir: é um desafio em tanto!
* Link para imagem: https://img.freepik.com/fotos-gratis/churrasco-de-close-up-com-carne-fresca_23-2148301313.jpg?size=626&ext=jpg
Nenhum comentário:
Postar um comentário